Disciplina - Arte

Samba de Roda - Umbigada

imagem de uma roda de sambaO samba de roda teve início por volta de 1860 e é uma forma de preservação da cultura dos negros africanos escravizados no Brasil.

Acompanhado por atabaques, ganzá, reco-reco, viola e violão, o solista entoa cantigas, seguido em coro pelo grupo a dançar. Ligado ao culto de orixás e caboclos, à capoeira e às comidas à base de dendê, o samba de roda mantém as características da cultura dos negros africanos escravizados. A influência portuguesa, além da língua falada e cantada, fica por conta da introdução da viola e do pandeiro.

Tradição milenar no Recôncavo Baiano, a manifestação concorre, inclusive, ao título de Obra-Prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade.

Presente no trabalho de renomados compositores baianos - Dorival Caymmi, João Gilberto, Caetano Veloso -, esse misto de música, dança, poesia e festa se revela de duas formas características: o samba chula e o samba corrido. A chula, uma forma de poesia, é declamada pelo solista, enquanto o grupo escuta atento, só se rendendo aos encantos da dança após o término do pronunciamento, quando um participante por vez adentra o meio da roda ao som da batucada regida por palmas. Já no corrido, o samba toma conta da roda ao mesmo tempo em que dois solistas e o coral se alternam no canto.

Também conhecida como Umbigada – porque cada participante, ao sair da roda, convida um novo para a dança dando-lhe uma “umbigada” -, a manifestação típica do Recôncavo tem destaque nas cidades de Cipó, Candeias e Cachoeira durante os festejos juninos e da Boa Morte. Em São Félix, Muritiba, Conceição do Almeida e Santo Amaro, o samba de roda é destaque na festa de Nossa Senhora da Purificação. São Francisco do Conde, Feira de Santana, Itacaré e, novamente, Conceição do Almeida celebram o samba de raiz na festa de Dois de Julho.


Este conteúdo foi acessado em 03/04/2013 no site Viver Bahia Todas as informações nela contida são de responsabilidade do autor.
Recomendar esta página via e-mail: