Disciplina - Arte

Fandango no Paraná

Chegou ao nosso litoral com os primeiros casais de colonos açorianos, por volta de 1750. Com muita influência espanhola, passou a ser batido principalmente durante o Intrudo (percussor do Carnaval). Nestes 04 dias a população não fazia outra coisa senão bater o Fandango e comer Barreado, que é um prato típico a base de carne e toucinho.

Origem: de origem espanhola (e também com influências portuguesas), o Fandango é uma dança trazida pelos aventureiros, que no passado se espalharam pelos recôncavos do nosso litoral. E como era natural, sentindo nostalgia, procuravam recordar a pátria distante com danças de sua terra. Então, em contato com os silvícolas, cuja dança também era de roda, eles acabaram formando o Fandango Parnanguara, que é um misto de danças espanholas e portuguesas com as danças dos nossos índios carijós.

O folclore: três séculos se passaram e nesse correr dos anos o Fandango tornou-se uma dança típica do caboclo litorâneo, folclórico por excelência. Sua coreografia possui características comuns, com nomes e ritmos fixos para cada marca, ou seja, uma suíte ou reunião de várias danças, que podem ser bailadas (dançadas) ou batidas (sapateadas), variando somente as melodias e textos.

As marcas: existem 27 marcas diferentes e muitas outras próprias de cada região em que se dança o Fandango. Algumas conhecidas do litoral: Anu, Queromana, Tonta, Andorinha, Cana Verde, Marinheiro, Chamarita de oito, Charazinho, Serrana, Chara e Feliz.

Os instrumentos: viola, adufo e rabeca (construídos pelos próprios pescadores). As violas possuem geralmente cinco cordas duplas e mais meia corda, a que chamam turina. Os violeiros desconhecem métodos de afinação, apenas temperam a viola, não têm noção de tempo, compasso e divisão. Sentem e valorizam apenas o ritmo. A Viola é construída de madeira denominada caxeta, com requintes de acabamento artístico. A rabeca tem três cordas ou às vezes quatro. É também feita de caxeta, esculpida em madeira maciça, tendo o braço e o arco de canela preta ou cedro. O sedenho arco é feito de crina de rabo de cavalo ou mesmo de fios de cipó. O adufo é coberto com couro de cotia ou de mangueiro (cachorro do mangue), salientando a superioridade do couro da cotia. É fabricado com madeira de caxeta e as baterias são tampinhas de garrafa amassadas.


Este conteúdo foi acessado em 06/01/2010, e possui mais informações sobre o Fandango no site Terra Brasileira. Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor da matéria.
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