Disciplina - Arte

Hélio Leites


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Foto de Helio LeitesHélio Leites é poeta, performer e bottom-maker. Trabalha com objetos como caixinhas de fósforo, botões, rolhas, latas, madeira e restos de material entalhado que, por suas mãos,  transformam-se em personagens que contam histórias, prendendo a atenção de crianças e adultos.

As criações expõem sentimentos, ensinam literatura, discutem valores, educam, emocionam e criam laços entre as pessoas, por meio de objetos feitos a partir de lixo. É possível conhecer a história da humanidade nos botões pendurados, chamados carinhosamente por Leites de "parangohélicos" – termo que se refere aos parangolés, criados pelo artista plástico brasileiro Hélio Oiticica, na década de 60. Em um dos espetáculos manipula bonequinhos que ficam na aba do seu boné e contam, por exemplo, a história do descobrimento do Brasil.

“Comecei a trabalhar com esses materiais no dia em que eu descobri o que havia sobrado pra mim. Mas sempre tive interesse por esse ‘lixo’. Com mais ou menos sete anos, eu olhava o cabo da vassoura e pensava em uma sereia. Foi meu primeiro boneco”, relembra o artista. Todas as suas obras possuem nomes e, principalmente, uma história. “Sermão aos peixes”, “Nossa Senhora da Luz dentro da caixa de fósforo” e “Finalizador de TPM”, são alguns dos trabalhos mais vendidos. Já “Canonização de Santa Helena Kolody”, “Sócrates”, “Duas mortes de São Sebastião” e “Auto de Natal“ são invendáveis e vão compor um novo projeto de Leites: uma galeria ambulante com peças que o artista não vende, prestando assim uma homenagem à memória do artesão.

A galeria ambulante é o segundo projeto do artista no estilo. Em 1984, Leites fundou o Museu Casa do Botão, sediado na capital paranaense, mas sem prédio fixo. O museu é portátil e cabe em uma mala, acompanhando o artista pelos diversos cantos do país. Está todo domingo na Feirinha do Largo da Ordem, em Curitiba, no setor histórico.

A obra de Leites não é estática, vai a escolas, praças, feiras e a muitos outros lugares. É munida de um enorme potencial educativo, suscitando ideias e reflexões que vão desde a literatura, ecologia, até conceitos do esporte, tudo por meio da arte e da história do artista. “Mínimos” retrata, nas palavras de Leites, “a história de um artesão lutando com caixinhas de fósforo, palitos de sorvete e outras miudezas, tentando consertar o jeito do mundo se enxergar e se aceitar”.



Fonte: www.caixa.gov.br em 22/04/2011. Todas as informações nela contidas são de responsabilidade do autor.
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