Disciplina - Arte

Balé Clássico

ícone com link para vídeo - O lago dos cisnes.
O Lago dos Cisnes - Ato I

ícone com link para vídeo - O lago dos cisnes.
O Lago dos Cisnes - Ato II


ícone com link para vídeo - O lago dos cisnes.
O Lago dos Cisnes - Ato III

ícone com link para vídeo - O lago dos cisnes.
O Lago dos Cisnes - Ato IV

ícone com link para arquivo de áudio - balé quebra nozes.
Balé Quebra Nozes

História

No século XVI, a Igreja já não possuía a força política do auge da Idade Média, o “status” agora pertencia à nobreza, com seus castelos luxuosos e exércitos para servir-lhes.
Catarina de Médici, ao chegar à França para tornar-se rainha, vinda da Itália, berço do Renascimento, trouxe consigo artistas que já produziam óperas e balés da corte em seu país. Seu coreógrafo mais importante foi Baltasar Beaujoyeux. Foi este coreógrafo que transformou o balé de corte em balé teatral. Sua primeira grande montagem de balé teatral na França foi o “Ballet Comique de la Reine”, em 1581, utilizando diferentes linguagens artísticas. A apresentação foi feita para um público de mais de dez mil pessoas, espetáculo que durou, aproximadamente, seis horas, durante a noite.
Este acontecimento foi o marco do surgimento do balé clássico. Baltasar Beaujoyeux considerava a dança uma organização de desenhos geométricos construídos pelo grupo de pessoas em movimento, pois a coreografia era frequentemente vista de cima, nas bancadas, balcões e camarotes, e o estilo da época era chamado de basse danse (dança baixa), constituída de passos rasteiros cadenciados e contados, evitando evoluções complexas e os saltos, até mesmo pelo vestuário e estilo nobre do século XVI.

As posições do balé

No século XVII costumava-se oferecer muitas festas para a nobreza européia, cujos encontros apresentavam bailados dramatizados. O primeiro grande Maître de Ballet (mestre de dança) foi Charles-Louis-Pierre de Beauchamps. Ele foi responsável pela criação das cinco posições básicas dos pés no balé. Essas posições foram criadas com a intenção de manter o equilíbrio do corpo em movimento ou parado, e organizar a estética da dança. Beauchamps pessoalmente não deixou nada escrito ou publicado, porém seu trabalho foi passado mais tarde por seus discípulos Raoul-Auger Feuillet e André Lorin em publicações.
É importante ressaltar, ainda, que os balés no século XVI eram de movimentos contidos, de passos baixos, por isso a criação e ordem das posições dos pés e as posturas dos braços.

O Ballet Comique de la Reine foi se desestruturando no reinado de Luis XIV, enquanto Beauchamps, Lully e Moliére vão desenvolvendo a “Ópera-balé” na Itália, e que anos depois Lully irá levá-la para a França e introduzir o balé de corte nos palcos dos teatros. Em 1661, o rei da França fundou a “Academia Real de Dança e de Música”, e em 1681, Lully começa a introduzir bailarinos profissionais em seus balés, aprimorandoa técnica clássica. Beauchamps desenvolve passos como: o “entrechat” (um sobressalto que mais tarde serão acrescentadas batidas); o “grand jeté" (salto em comprimento).
O professor de dança (maître de ballet) Pierre Rameau, em 1725, publicou sistemas de dança que se baseavam nos mesmos princípios de Beauchamps. Mas o Raoul-Auger Feuillet, discípulo de Beauchamps, apresenta quatrocentos e sessenta passos de ballet, entre eles, pliés, elevés, tombés, glissés, cabriolés, e ainda, giros, cadências e figuras do corpo, sem contar os piques, coupés e pas de bourrés. Delineando, também, os eixos perpendiculares para se movimentar e girar, sendo eles: frontal; dorsal; e lateral. É no Iluminismo que surge a dança clássica Virtuosa.

O “En Dehors” (para fora), aquela posição em que o bailarino apresenta-se com as coxas, joelhos e pés girados para fora da linha central do corpo, fazendo uma rotação externa da articulação coxo-femoral, foi criada quando o balé de corte começou a ser levado para os palcos italianos, em que a platéia assistia ao espetáculo de frente, e não mais como nos salões reais, sobre as bancadas e camarotes, vendo-os de cima. Então para que o artista nunca se coloque de costas para o público, composto de nobres e convidados, cria-se esta posição aberta que ao dançar de uma diagonal a outra se evita ficar de costas para o público.

O “drama-balé-pantomima”

Jean-Georges Noverre apresentou, em 1789, o primeiro balé que rompeu definitivamente com o estilo da ópera, o “Les Caprices de Galathée”: o “drama-balé-pantomima”. Noverre possuía uma doutrina de contestação aos balés anteriores. Para ele, o balé deveria narrar uma ação dramática, ser natural e expressivo, utilizar a pantomima, e abolir as máscaras por esconder a expressão facial do bailarino. Aboliu também as enormes perucas “operescas” dos balés, mudando o comprimento do vestuário feminino para dar mais leveza e graciosidade aos movimentos. Sua preocupação era grande em relação à formação do bailarino, pois acreditava que eles precisavam aprender diferentes áreas do conhecimento, para não se tornarem autômatos da dança.

Balé romântico

A busca do balé romântico no século XVIII é negar a força da gravidade, levando à utilização das sapatilhas de pontas pelas mulheres, cuja primeira bailarina a utilizá-la foi Maria Taglione, em 1826, e neste período do romantismo acontece o declínio da importância do bailarino em cena, pois sua função passa a ser de suporte para a bailarina brilhar com leveza e graciosidade.
No século XIX o balé clássico vai se aperfeiçoando de tal forma, que grandes escolas consolidam-se na Rússia, Itália, França e Inglaterra. Ainda hoje, além desses países, há também escolas ou técnicas desenvolvidas por Cuba, Estados Unidos, China e muitas outras, que adaptam técnicas clássicas e elementos da sua própria cultura visando a uma melhor performance técnica e à estética distinta do balé clássico.



Fonte: www.infoescola.com acesso em 11/05/2011.
Todas as modificações posteriores são de responsabilidade do autor da matéria.
Recomendar esta página via e-mail: